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Análise: Flamengo coloca em prática o “velho normal”, loteia metade do campo e não dá chances ao Bangu





Fonte da matéria GloboEsporte.com

Em um Maracanã que escancarava o “novo normal” do futebol, o Flamengo manteve a prática do “velho normal” sob o comando de Jorge Jesus. Em um texto para analisar somente o que se viu em campo nos 90 minutos de bola rolando, a melhor definição vem através da imagem de Diego Alves solitário na metade que lhe pertencia naquele latifúndio, enquanto seus companheiros amassavam o Bangu.

Diego Alves solitário enquanto o Flamengo pressiona o Bangu — Foto: Cahê Mota / GloboEsporte

Se a atmosfera silenciosa naturalmente jogava contra a intensidade costumeira do atual campeão brasileiro e da Libertadores, o Flamengo encurralava o time de Moça Bonita em ritmo de treino. À rigor, o Bangu teve um lance perigoso em chute de Juan Felipe da entrada da área já no segundo tempo. O resto do jogo foi desenhado a partir da intermediária ofensiva rubro-negra.

Com o campo de atuação reduzido, obviamente faltavam espaços. Era muita gente na entrada da área do Bangu, e o Flamengo trabalhou pacientemente a bola para abrir o campo. De um lado, até chegar a Filipe Luís, para o outro, de pé em pé até Rafinha. E deu certo.

Pedro Rocha comemora seu primeiro gol pelo Flamengo — Foto: André Durão

Arrascaeta já tinha aparecido bem de cabeça em duas bolas aéreas quando um cruzamento do lateral-direito desviou na zaga do Bangu e parou nos seus pés. Autor do último gol rubro-negro antes da pandemia, o uruguaio reabriu o marcador na volta do futebol.

Nesta jogada, um detalhe evidencia duas coisas: a supremacia do Flamengo e a aglomeração (palavra muito escutada nos últimos meses) na entrada da área do Bangu. Foi Rodrigo Caio, na intermediária ofensiva e com muito espaço, quem pensou o jogo e encontrou Rafinha aberto.

Rodrigo Caio, livre na intermediária ofensiva, serve Rafinha — Foto: Reprodução / TV Globo

A volta do intervalo seguiu o mesmo roteiro: o Flamengo em ritmo de treino, sobrando no ataque e com a certeza de que era questão de tempo fazer mais gols. Com Gabriel saindo bastante da área, Everton Ribeiro e Arrascaeta tentavam surgir como surpresas, mas a partir de uma hora de jogo faltou perna.

Nada que Michael não resolvesse. O baixinho entrou junto com Vitinho nos lugares dos meias e deu belo passe para Gabigol exercer seu papel na noite: garçom. O cruzamento para Bruno Henrique foi tão certeiro quanto o lindo passe para Pedro Rocha, que marcou o primeiro gol com a camisa rubro-negra.

Em época de protocolos e novas realidades que assustam o cidadão de modo geral, o Flamengo voltou a jogar depois de mais de três meses passando a ideia de que nada mudou. No time de Jorge Jesus, o normal é seguir como antes.

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