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Covid-19 leva Globo a abolir modelo de receitas do Brasileirão






Visto como maior avanço do futebol brasileiro nos últimos anos para gerar um maior equilíbrio na divisão de receitas de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, o modelo de divisão variável da receita foi abolido pela Globo neste ano. A proposta assinada pelo Coritiba não prevê a divisão da receita na proporção de 40-30-30, sendo 40% dividido igualitariamente entre os clubes, 30% conforme a performance esportiva e 30% pelo número de jogos na TV.

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O motivo alegado pela Globo para oferecer apenas um valor fixo ao clube paranaense para os contratos de TV aberta e pay-per-view (na TV paga, o Coritiba assinou com a Turner) foi a pandemia. Com menor previsão de receita com os direitos de transmissão do Brasileirão, a emissora ofereceu R$ 22 milhões fixos ao clube.

Foto: Reprodução

O Red Bull Bragantino, outro clube que ascendeu à elite do futebol nacional também recebeu proposta similar. No caso, R$ 30 milhões pelas três diferentes mídias. Até agora, porém, o clube não aceitou o negócio com a emissora. O time de Bragança Paulista, que fez a melhor campanha da fase inicial do Campeonato Paulista, é o único dos 20 clubes da Série A sem contrato com nenhuma empresa de mídia no Campeonato Brasileiro.

Procurada pela reportagem, a Globo afirmou que não pretende abandonar o modelo de divisão de cotas, considerando o ano de 2022 como excepcional.

“O acordo firmado com o Coritiba não significa abandono do modelo adotado desde 2019. É uma solução encontrada em conjunto pelas partes, diante das circunstâncias atípicas que todos vivemos”, respondeu a comunicação da emissora carioca.

A adoção de um modelo de divisão de receitas variável partiu da proposta feita pela Turner, em 2016, para assinar com alguns clubes. À ocasião, a emissora ofereceu um acordo para a TV paga em que a receita seria dividida 50% igualmente, 25% conforme a audiência dos jogos exibidos e 25% pela performance em campo. A Globo, então, passou a oferecer a proporção de 40-30-30 nos acordos de TV aberta e paga, mas considerando não a audiência da partida, e sim o número de jogos que foram transmitidos pelos times em cada uma dessas mídias.

Ainda no ano passado, o modelo revolucionário da Turner fez água, uma vez que os clubes não conseguiram fazer decolar a audiência da emissora, e eles próprios pediram para dividir a receita entre os times igualitariamente. No caso da Globo, só o Coritiba ficará à parte do modelo adotado. Isso deve fazer com que o clube seja o que tenha o menor valor a receber da emissora pelos direitos do Brasileirão.



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