Na grande decisão do Mundial de clubes de vôlei de 2013, entrou em ação o talento e qualidade de um jogador considerado por muitos como o maior nome do Sada Cruzeiro em todos os tempos. Naquela temporada, o central Douglas Cordeiro disputava posição com o jovem Isac, recém-chegado ao clube. 

Enquanto Éder tinha uma posição mais consolidada no time, os outros dois travavam uma sadia disputa pela vaga de segundo central. A vantagem de Isac no time, no entanto, perdeu força com a condição física do jogador, que teve uma lesão no tornozelo durante o torneio. Apesar de não ser grave, o incômodo não o deixou jogar como gostaria. Depois do Mundial, em uma semana, Isac já estava recuperado, mas durante o campeonato o tempo foi curto, entre um jogo e outro, para se recuperar. “Ele vinha numa crescente e começou jogando a semifinal contra o UPCN e a decisão contra os russos. Mas as dores eram muito fortes e precisou deixar a quadra”, conta Cordeiro. 

A presença no torneio era algo ainda mais especial para o jogador, que lamenta não ter tido a oportunidade de defender a seleção brasileira na carreira. “Sempre tive dúvidas sobre como seria meu desempenho ao enfrentar jogadores de nível internacional. Aquele Mundial me deu essa oportunidade, podia ser uma chance única na minha vida para ter a certeza de como iria performar. Justamente na final, fiz um dos melhores jogos da minha vida, com 100% de aproveitamento no ataque. Rodei todas as bolas”, recorda. 

O marcador de Cordeiro era o central Volvich, que viria ser enfrentado nos anos seguintes, vestindo a camisa do Zenit Kazan. Todos os ataques vieram em cima do companheiro de posição, que tinha a seu favor os 2,12m de altura contra os ‘apenas’ 1,97m do cruzeirense. “O Volvich está procurando o Douglas até hoje. Ele podia ser considerado pequeno para a posição, mas fez chover naquele final, deixou o time deles maluco. Eles não deram muita atenção para o Douglas e acabaram se arrependendo. Pra mim, é um cara que nunca foi reserva, esteve conosco em todas as grandes conquistas e correspondeu nos momentos mais importantes”, elogia Serginho.