
Os maus resultados do Benfica no retorno do Campeonato Português tiveram reflexo imediato no Ninho do Urubu. Com o técnico Bruno Lage sob perigo, o clube mirou em Jorge Jesus como primeira opção. A sondagem chegou ao treinador e seu estafe, que ouviu o canto para levá-lo de volta ao país natal, pensou, mas decidiu cumprir o contrato com o Flamengo recém-renovado até junho de 2022.
O bom relacionamento dos jogadores, com os seguidos pedidos para que permanecesse durante o processo de renovação e ao saber do interesse português, além do projeto esportivo, mexeram com o técnico. O objetivo é, ao menos, vencer mais uma Libertadores com o Flamengo.
A notícia da recusa de Jorge Jesus a uma investida benfiquista foi divulgada primeiro pelo SIC Notícias, de Portugal, e confirmada pela ESPN. O Flamengo não chegou a ser comunicado oficialmente pelo treinador e seu estafe, mas estava atento às movimentações.
O motivo para confiança da permanência do comandante é o projeto apresentado, com ganhos esportivos e repercussão mundial, não apenas uma multa estipulada em valor mais alto até dezembro e que se converteria em 500 mil euros a partir do próximo ano e valeria até uma possível nova decisão do Mundial de Clubes. O indício de uma data para início do Campeonato Brasileiro também ajudou a clarear a história.
De acordo com pessoas próximas ao Mister, pesariam a favor do retorno de Jorge Jesus à terra natal a saudade da família, mas também a indefinição dos calendários brasileiro e sul-americano diante da pandemia da COVID-19.
Vencer uma vez mais a Libertadores é prioridade no planejamento de Jorge Jesus a partir da renovação de contrato com o clube, efetivada no início deste mês. Nesta sexta, inclusive, o novo vínculo do treinador foi registrado.
O acordo prevê reajuste de cerca de 10% em relação ao antigo e também bonificações parrudas em caso de conquistas. O Mister tem relação próxima com Luis Filipe Vieira, presidente do Benfica, onde permaneceu de 2009 a 2015 e conquistou três campeonatos nacionais.
