Não foi como em 1995 no Estadual porque não teve a barriga de Renato nos 3 a 2 tricolores (não por acaso o placar final na disputa de pênaltis decisiva da Taça Rio 25 anos depois). Mas pra sempre o tricolor vai lembrar porque teve o chute de Rafinha que Alisson foi buscar. Teve a virada nos pênaltis para guardar nos olhos e no YouTube que bateu recorde mundial de live.
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Claro que os pênaltis sempre ajudam a aumentar a a audiência até mais do que o Fla-Flu muito amarrado na primeira etapa. Claro que o tamanho da torcida do Flamengo, a exclusividade de transmissão da FluTV, a ausência de outros jogos, as carências, tudo também leva a isso. Afinal, apesar da direção rubro-negra nem sempre se atentar a essas questões tão básicas quanto o respeito, só dá pra ganhar no futebol quando há adversário, jogo, campeonato, direitos iguais, obediência às regras coletivas.
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Não só pra alguns.
Não só pra quem tem mais do que os outros – e por méritos próprios, como muito bem faz o Flamengo.
Mas futebol é assim. Fla-Flu mais ainda.
O mais charmoso clássico brasileiro sempre honra o Mário Filho que é nome do palco e de quem nomeou o confronto. Se nem tanto pelo futebol do Flamengo que foi abaixo da excelência usual, certamente pela entrega do exausto time de Odair. Desde o início trancafiado em um 4-5-1 bastante e compreensivelmente reativo, só foi conceder uma chance ao melhor time da cidade, do Rio, do Brasil e e da América numa bola espirrada que Arrasca isolou, com quase meia hora de jogo estudado no Maracanã.
Gabriel se mexia mas não achava. Bruno Henrique em raríssima partida pálida. Gerson e Arrascaeta com pouca inspiração e infiltração. Rafinha e Filipe Luís apoiando pouco também porque bem cercados mais atrás por Nene e Marcos Paulo, e muto bem defendidos por todo o Flu que marcava muito bem desde a intermediária.
Na bola parada o Tricolor foi chegando e na segunda levantada finalizada por Gilberto, uma bela cabeçada sem defesa para Diego Alves. O Flamengo só foi criar mesmo mais oportunidades na segunda etapa, quando a seleção rubro-negra disponível para JJ no banco de reservas foi entrando e qualificando o time. Como Pedro que guardou o dele em um raro avanço de Filipe Luís, fazendo justiça ao segundo tempo em que o Flamengo teve mais chances, e mereceu o empate também pelo natural esgarçamento de um Fluminense com menos time, elenco, técnica, e tempo de treinamento.
Nos pênaltis, mesmo sem a pressão do Maracanã cheio, a natural cobrança sobre os cobradores, e as qualidades de Diego Alves e Muriel nas defesas, fizeram a diferença a favor de um Fluminense que jogava muito mais do que a Taça Rio contra um Flamengo blasé e longe do usual – e que jogava ainda menos do que a Taça Rio.
Deu Fluminense.
E será muito legal que teremos mais jogos para decidir o RJ-20.
Certamente com mais futebol do Flamengo. E ainda com o favoritismo.
Até porque acordado pelo que fizeram tanto o time como a camisa do Fluminense. Mais uma vez mostrando que o clássico iguala os desiguais que, no fundo, e em todo Fla-Flu, são mesmo os mesmos de sempre.
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