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Ícaro Miguel conta com tecnologia para simular adversários bem na sua frente





Fonte da matéria OTEMPO SUPERFC

A restrição dos treinos de Ícaro Miguel, atleta brasileiro do taek wondo (categoria até 80kg), vice-campeão mundial em 2019 e já garantido na Olimpíada de Tóquio, no ano que vem, poderia ser muito maior se não fosse pela ajuda da tecnologia. Hospedado em uma chácara no interior de São Paulo, ele conta com um aparelho, desenvolvido pela sua equipe de treino, de São Caetano do Sul (SP), que permite que ele simule lutas contra diferentes tipos de adversários. 

Os oponentes, que poderiam estar sendo enfrentados fisicamente se não fosse a pandemia do coronavírus, agora se transformam em atletas virtuais. “O que sempre tentamos fazer é variar o perfil deste adversário. Quando queremos praticar alguma técnica específica, escolhemos um atleta. Em algumas situações, eu escolho um atleta com característica parecida com a minha, até para saber onde eu possa estar errando. Vamos tentando mesclar e brincar com o sistema para que ele nos forneça a melhor experiência possível”, conta o atleta natural de Belo Horizonte e criado em Betim, na região metropolitana de BH. 

O sistema tem sido usado há cerca de um mês e já apresenta bons resultados nos treinamentos, que tiveram um ganho importante. “É a primeira vez que conto com um benefício deste tamanho da tecnologia. Antes, a maior ajuda que tinha tido era com a parte médica. Agora, algo influenciando na parte técnica e tática, é inédito”, revela o líder do ranking mundial, quando são computados juntos os resultados de todas as categorias. Já de olho em Tóquio, Ícaro espera que eventos internacionais já marcados, como o Grand Prix final, não sofram alteração de data. Em âmbito nacional, nenhuma competição está marcada. 

Visão limitada, só na teoria

Quando tinha seis anos, Ícaro sofreu um acidente doméstico que o fez ter apenas 10% da visão no olho direito. Por um descuido, sua mãe pingou amônia no seu olho no lugar de água boricada para combater o efeito de cloro usado em piscinas. Apesar disso, ele mostra que este é um detalhe que não impede seus resultados dentro e fora do Brasil.

“Quando notei que precisava melhorar, por exemplo ao receber muitos chutes do lado direito, comecei a treinar bastante a defesa deste lado. O mesmo aconteceu quando percebi uma perda de tempo e espaço. A diferença que fez foi que eu treinei ainda mais para compensar esta perda e o resultados mostram que isso não dá vantagem para meus adversários. Não me atrapalha em nada”, garante o quarto colocado do ranking olímpico dentro da sua categoria. 

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