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Olimpíada pós-pandemia: os brasileiros garantidos em Tóquio e quem ainda buscará vagas





Fonte do post YAHOO ESPORTES

Se a pandemia mundial de coronavírus for controlada, com vacina ou remédio, em 2022 teremos a Olimpíada de Tóquio. Os jogos foram adiados por um ano e a maioria das modalidades ainda não havia definido todos os classificados. O Brasil tem até o momento 178 atletas confirmados, incluindo os esportes coletivos. Edival Pontes, o Netinho, do taekwondo,  foi um dos últimos a garantir vaga, antes da pandemia, junto com Ícaro Miguel e Milena Titoneli. Com o adiamento,  acredita que poderá aprimorar seu treinamento:  “ diante do tudo que estamos passando, foi melhor. Agora estou ansioso para poder voltar a lutar”. 

 Para o chefe da missão do Time Brasil em Tóquio, Marco La Porta, a decisão de postergar os Jogos trouxe um alívio ao esporte brasileiro, mas novos desafios para a entidade  “ desde o adiamento estamos trabalhando na reorganização de toda a missão, assim como nos processos de qualificação e preparação dos atletas, para que todos sofram o menor impacto possível”. 

 Em relação a situação financeira do Comitê Olímpico Brasileiro, Marco diz que houve uma perda de arrecadação significativa no início da pandemia, devido a necessidade da quarentena e que ocorreram cortes em áreas que não impactaram diretamente nos atletas. 

 Neste texto eu apresento um balanço da situação de todos os esportes. Quais atletas brasileiros já estão certos e quem ainda pode sonhar com Tóquio 2022.

 Vôlei- uma das poucas modalidades com tudo definido. Os 12 países do masculino e feminino já são conhecidos e até os grupos da Olimpíada foram sorteados. No masculino o Brasil está no B com Estados Unidos, Rússia, Argentina, França e Tunísia. No feminino, o Brasil está no grupo A com Japão, Sérvia, Coréia do Sul, Quênia e República Dominicana. 

 Basquete- No masculino 8 dos 12 países já estão garantidos: Estados Unidos, Argentina, Austrália, França, Espanha, Irã, Japão e  Nigéria. As últimas 4 vagas sairão dos pré-olímpicos a serem disputados em 2022, ainda sem data definida. O Brasil brigará com Croácia, Tunísia, Rússia, Alemanha e México por apenas uma vaga. Com a indefinição da próxima temporada da NBA, pode acontecer dos jogadores da liga americana não participarem do pré-olímpico. No feminino o Brasil foi eliminado no pré-olímpico disputado em fevereiro, antes da pandemia. 

 Vôlei de praia- o Brasil adotou um critério próprio para a definição das 4 duplas olímpicas, que foram definidas ainda em 2019 com base nos resultados das competições internacionais: Agatha/ Duda, Ana Patrícia/ Rebecca, Bruno/ Evandro e Alison/ Álvaro. A maioria dos países ainda não definiu as duplas. Algumas etapas do circuito mundial deverão ocorrer até junho de 2022 para a classificação dos países.

 Futebol- No masculino, 14 dos 16 países classificados para Tóquio, já tinham sido conhecidos antes da pandemia: Brasil, Argentina, França, Alemanha, Romênia, Espanha, Austrália,  Nova Zelândia, Egito, Costa do Marfim, África do Sul, Japão, Coréia do Sul e  Arábia Saudita. Só restam duas vagas da Concacaf, com data indefinida. A Fifa alterou para 24 anos o limite de idade dos jogadores. Atletas nascidos após 1 de janeiro de 1997 poderão ser convocados.  No feminino 10 dos 12 países já são conhecidos: Brasil, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Grã-Bretanha, Holanda, Suécia, Canadá, Estados Unidos e Zâmbia. As duas últimas vagas sairão dos confrontos entre Coréia do Sul x China e Camarões x Chile. 

 Handebol- No masculino o Brasil brigará por uma de duas vagas no pré-olímpico da Noruega, de 12 a 14 de março de 2022,  contra a forte dona da casa, Chile e Coréia do Sul. As chances de classificação são boas. Seis de 12 países já se garantiram pelo mundial e torneios continentais: Japão, Dinamarca, Argentina, Bahrain, Espanha e Egito. No feminino o Brasil se classificou com o ouro nos Jogos Pan-americanos de 2019. Também garantidos Japão, Coréia do Sul, França, Holanda e Angola. Assim como no masculino, outras 6 vagas serão definidas em pré-olímpicos em março do ano que vem.

 Rugby Sevens- modalidade praticamente definida em termos de classificados. No feminino o Brasil conseguiu cota para Tóquio ao vencer a seletiva da América do Sul. Outros 9 países também estão confirmados, com apenas 1 europeu: Japão, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Quênia, Fiji, China e Grã-Bretanha. Últimas duas vagas numa seletiva mundial no ano que vem. No masculino são 11 países certos. O Brasil estará na disputa pela última vaga, mas a chance é improvável.

 Polo aquático- No masculino o Brasil tentará uma das 3 vagas restantes, no pré-olímpico mundial de fevereiro de 2022 na Holanda. Tendo que enfrentar seleções como Grécia, Montenegro, Canadá, Croácia, França e Rússia, as chances são bem remotas. Já no feminino, o Brasil está eliminado de Tóquio. 

Hóquei sobre grama, softball e beisebol– Brasil não obteve vaga olímpica nessas modalidades. 

Esportes individuais 


Taekwondo- 
O Brasil garantiu 3 atletas em Tóquio, em pré-olímpicos disputados um pouco antes da pandemia: Edival Pontes, Ícaro Miguel e Milena Titoneli. Cada uma das 8 categoria em Tóquio terá 16 atletas. Só faltam definir os classificados da Ásia e Europa.

Atletismo- Os atletas que atingiram índices antes da pandemia, tem suas vagas asseguradas. No Brasil são 24 nomes. Quem ainda não se garantiu, terá de dezembro de 2022 até 29 de junho de 2022 para conseguir, exceto nas provas de marcha e maratona, cujo prazo termina em 31 de maio. Os brasileiros classificados: revezamentos 4x 100 masculino e  4×400 misto, Paulo André nos 100m, Aldemir Gomes e Vitória Rosa nos 200m, Gabriel Constantino nos 110m com barreiras, Alison Santos e Marcio Telles nos 400 com barreiras, Thiago Braz e Augusto Dutra no salto com vara, Alexsandro Melo e Almir Cunha no salto triplo, Darlan Romani no arremesso de peso, Daniel Chaves na maratona, Caio Bonfim e Érica Sena na marcha atlética 20km e Andressa Moraes no lançamento de disco.  

 Natação- Ao contrário do atletismo em que os atletas estabelecem marcas ao longo do ano em diversas competições, na natação os atletas terão apenas uma chance de conseguirem os índices e irem a Tóquio. Isso ocorrerá no Troféu Brasil em 2022, mas ainda sem data definida. O Brasil tem 12 atletas certos para os revezamentos 4×100 livre, 4×200 livre e 4×100 medley, todos masculinos. 

 Caratê- A modalidade que já tinha definido alguns classificados para Tóquio, revisou o sistema devido a pandemia. O ranking olímpico voltou a ser aberto e só terminará em maio de 2022. O brasileiro Vinicius Figueira, que já tinha assegurado a vaga olímpica, precisará competir novamente e somar pontos. Valéria Kumizaki e Douglas Brose tentarão qualificação em outros eventos. 

 Wrestling- o Brasil garantiu 3 atletas em Tóquio, no pré-olímpico continental pouco antes da pandemia: Aline Silva e Laís Nunes na livre feminina, Eduard Soghomonyan na greco romana. Ainda restam ser disputados os pré-olímpicos na Ásia, Europa e África, além de um qualificatório mundial. A previsão é que ocorram somente em março e abril de 2022. 

 Tênis de mesa- nosso país conseguiu classificar as equipes masculina e feminina para Tóquio, após vitórias no Pré-olímpico latino. Assim, teremos 6 atletas. Brasil ainda precisa buscar vaga no torneio de dupla mista. Somente África e América do Norte fizeram pré-olímpicos para a definição dos classificados no individual. Outros continentes só devem realizar em 2022. 

 Skate- Modalidade estréia em Tóquio. Três vagas em cada uma das 4 provas olímpicas ( park e street masculino e feminino)  serão definidas pelo campeonato mundial, uma para o país sede e outras 16 pelo ranking. Brasil tem condições de classificar 3 atletas em cada prova, devido ao ótimo posicionamento no ranking. Eventos acontecerão até junho de  2021. Deve ser o esporte brasileiro mais vitorioso no Japão. 

 Boxe- os brasileiros tentariam vagas no pré-olímpico das Américas, adiado dias antes da paralisação do esporte mundial. O evento europeu foi interrompido após as primeiras rodadas realizadas. Eventos serão apenas em 2022. Ásia e África conseguiram definir os classificados. 

Flávia Saraiva está garantida em Tóquio (Foto: Divulgação)

 Ginástica artística- o adiamento da Olimpíada foi bom para Rebeca Andrade. A ginasta mais completa do Brasil e uma das melhores do mundo terá tempo suficiente para se recuperar da 3º cirurgia que fez no joelho. Ela precisa somar pontos nas futuras etapas de Copa do Mundo para obter uma vaga em Tóquio. Até o momento o Brasil tem garantida a equipe masculina com 4 atletas e Flavia Saraiva no feminino. As vagas foram obtidas no mundial 2019. 

 Tênis- com o ouro no Pan de Lima, João Menezes encaminhou uma vaga brasileira para Tóquio. Ele só precisa estar entre os 300 melhores do ranking em junho de 2022. Em duplas masculinas, também é quase certa a participação de Bruno Soares e Marcelo Melo, sempre entre os melhores do mundo. Esporte com centenas de eventos ao longo do ano foi um dos mais afetados com o coronavírus. 

 Ginástica rítmica- restam poucas vagas olímpicas, mas Barbará Domingos ( prata nos Jogos Pan-americanos) e Natália Gáudio, ainda podem se classificar em etapas da Copa do Mundo ou no Pan da modalidade, que dará vaga a campeã. 

 Ginástica trampolim- modalidade terá apenas 16 homens e 16 mulheres disputando em Tóquio. Mais da metade ainda não foram preenchidas.  Existe uma chance para o Brasil classificar Ryan Dutra ou Camila Gomes no evento continental que dará uma vaga olímpica e ocorrerá em 2022, sem mês definido. 

 Canoagem velocidade- o sistema de classificação da modalidade é um dos mais complexos. Mas a dupla Isaquias Queiroz e Erlon Souza já tem classificação assegurada após o bronze  no mundial de 2019. Isaquias também competirá na prova individual do C1 1000, da qual é o atual campeão mundial. Em outras provas, principalmente no caiaque, os brasileiros tentarão vaga no pré-olímpico continental, em 2022.

 Canoagem slalom- Ana Sátila garantiu lugar nas provas de caiaque e canoa. No masculino, Pepe Gonçalves se classificou no caiaque. Na canoa masculina, a vaga poderá ser obtida pela disputa continental em 2022. 

 Ciclismo estrada e pista- Modalidades já definidas em termos de classificados. No ciclismo estrada, prova de estrada serão 130 homens e 67 mulheres em Tóquio. Nenhum do Brasil, assim como nas provas de ciclismo pista. 

 Ciclismo MTB- o ranking mundial ainda não foi fechado mas é certa a classificação do brasileiro Henrique Avancini, hoje um dos melhores do mundo e com chances de conquistar uma medalha olímpica. Graças a seu ótimo ciclo olímpico, ele deve abrir mais uma vaga para o Brasil, a ser definida entre Luiz Cocuzzi e Guilherme Muller. No feminino o Brasil também deve assegurar um lugar entre Jaqueline Mourão e Raiza Goulão. Algumas etapas de Copa do Mundo devem ser disputadas em 2022 para o fechamento do ranking.

 Ciclismo BMX de corrida e freestyle- estão previstas 12 etapas de Copa do Mundo a partir de setembro. Elas definirão os classificados para Tóquio via ranking mundial. O Brasil tem boas chances de classificar um atleta em cada gênero. Hoje seriam Renato Rezende e Paola Reis. Já no ciclismo BMX freestyle, que estréia no Japão, o Brasil não terá representante.

 Esgrima- A campeã mundial Nathalie Moellhausen já é nome certo para Tóquio, devido a seu atual 2º lugar no florete, no ranking olímpico que será fechado em abril de 2022. Outros brasileiros como Guilherme Toldo e Bia Bulcão podem melhorar o posicionamento no ranking ou tentar no evento qualificatório das Américas, também em abril. 

 Judô- o fechamento do ranking olímpico que define a maioria das vagas foi adiado para 2022. A previsão é que as competições retomem em setembro. Até a parada, o Brasil tinha vaga em todas as 14 categorias, 7 masculinas e 7 femininas. O adiamento da Olimpíada foi boa para a campeã olímpica Rafaela Silva, suspensa por doping e que poderá estar apta a buscar o bicampeonato.  

 Vela- modalidade praticamente definida em termos de vagas. O Brasil está garantido em 7 classes com 11 atletas: Patrícia Freitas na RS:X, Marco Grael/ Gabriel Borges na 49er, Robert Scheidt na Laser, Jorginho Zarif na Finn, Martine Grael/ Kahena Kunze na 49er,  Fernanda Oliveira/ Ana Barbachan na 470 e  Samuel Albrecht/ Gabriela Nicolino na Nacra. Na classe 470 masculina, Gustavo Thiesen/ Gerson Dzioubanov  venceram o sul-americano, mas a princípio precisariam ficar entre os 18 melhores do campeonato mundial para terem a vaga confirmada. Mundial deverá ocorrer somente em 2022. 

 Tiro com arco- Marcus D’Almeida está certo graças a medalha de prata no Pan de Lima. Restam 41 vagas das 128 a serem preenchidas. Não haverá competições qualificatórias em 2022. Para o ano que vem, o pré-olímpico continental e outro mundial ainda terão as datas confirmadas.

 Tiro- Brasil não conseguiu classificar nenhum atleta e a última chance será pelo ranking mundial de cada prova, a partir de resultados das etapas da Copa do Mundo. Ranking será fechado em 6 de junho. Quem tem alguma chance é Emerson Duarte, na prova de pistola 25 metros. Ou aguardar um convite.

 Nado artístico- Brasil sem vagas até o momento, terá a chance no pré-olímpico mundial de 4 a 7 de março. A opção será mandar apenas o dueto, em que ainda estão abertos 7 lugares para Tóquio. 

 Maratona aquática- Ana Marcela Cunha, 3 vezes medalhista nos 10km em mundiais, conseguiu a vaga olímpica no mundial de 2019. No masculino, os atletas brasileiros terão a última chance no pré-olímpico em maio de 2022, valendo 9 vagas. 

 Saltos ornamentais- nenhum atleta brasileiro conseguiu vaga olímpica no campeonato mundial e eventos continentais. A última chance será de 23 a 28 de fevereiro de 2022, na Copa do Mundo, com 18 vagas por prova de trampolim e plataforma, 3m e 10m. Isaac Souza, Kawan Pereira e Ingrid Oliveira são as principais esperanças.  

 Triatlo- as vagas individuais são definidas pelo fechamento do ranking, adiado para 2022. Já para a prova do revezamento misto, o mundial que é classificatório está previsto para setembro. O Brasil tem boas chances de levar 3  atletas: Vittoria Lopes,  Luisa Baptista e Manoel Messias . 

 Levantamento de peso- outro esporte que define vagas pelo ranking mundial a ser fechado em 30 de abril de 2022. Todo atleta que quiser disputar os jogos, precisará competir ao menos uma vez  em eventos específicos determinados pela Federação Internacional da modalidade, de outubro a abril. Cada país só pode ter 4 atletas no máximo em Tóquio. Isso fará com que potências como a China e Coréia do Norte, tenham difíceis decisões de quem escolher, pois tiveram vários medalhistas no último mundial. Pelo Brasil, Fernando Reis é nome certo. 

 Badminton- também define vagas pelo fechamento do ranking mundial, adiado para o final de abril de 2022. Hoje o Brasil classificaria Ygor Coelho e Fabiana Silva.

 Golfe- outro esporte que qualifica pelo ranking olímpico, adiado para junho de 2022. Se fechasse hoje, o Brasil não teria representante. No masculino, chances com Adilson Silva, o mesmo que competiu em 2016.  

 Surfe- O Brasil já garantiu as 4 vagas possíveis. No masculino com Gabriel Medina e Italo Ferreira e no feminino com Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. Serão 20 surfistas em cada gênero em Tóquio e as últimas vagas podem ser definidas ainda este ano no Isa Games. 

 Hipismo adestramento–  apesar do Brasil ter conseguido por equipe o bronze no Pan de Lima, não atingiu o índice exigido pela Federação Internacional da modalidade até dezembro do ano passado. Assim só poderá ter 1 atleta para a disputa individual.

 Hipismo CCE e saltos- Brasil obteve as cotas para levar equipe completa no Pan de Lima em ambas as provas. Só resta definir os nomes. Todos os países com atletas classificados foram conhecidos antes da pandemia. 

 Remo- O Brasil não conseguiu classificar nenhum atleta pelo campeonato mundial e terá como única chance o qualificatório das Américas, a princípio previsto para ocorrer no nosso país, mas sem data definida. 

 Pentatlo- Ieda Guimarães se classificou para Tóquio com o 4º lugar no Pan de Lima. No masculino restam 8 vagas pelo ranking mundial e 3 no campeonato mundial em junho de 2022, mas chances dos brasileiros são remotas.

 Escalada- Brasil não tem mais chances de classificar atletas

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