Era fevereiro quando a Hugo Boss anunciou a renovação do patrocínio à Fórmula E até o final da temporada 2022/2023. A iniciativa demonstrou o apoio irrestrito da marca do ramo da moda à categoria de carros elétricos, por quem a empresa deixou a Fórmula 1 no final de 2017. O problema é que, menos de um mês após a renovação, a pandemia do coronavírus se instalou e a temporada 2019/2020 da Fórmula E teve que ser paralisada.
De lá para cá, nada mudou. Nenhum carro foi à pista. Nenhum autódromo se preparou para um final de semana de corrida. No mês passado, a categoria divulgou o que pretendia fazer para dar um jeito de encerrar a temporada: realizar seis provas em um espaço de nove dias, em um mesmo local, para definir o campeão. O lugar escolhido foi o Aeroporto de Tempelhof, em Berlim, na Alemanha.
Foto: Reprodução / Site (fiaformulae.com)
Só que, pelo lado financeiro, a Hugo Boss não ficou contente com a decisão. Entendendo que o investimento foi bastante afetado pela pandemia, a marca quer reduzir em 50% o valor pago à Fórmula E relacionado à atual temporada. Na conta, a multinacional coloca os prejuízos causados pela ausência da área VIP nas provas que restam pelo fato de que o novo protocolo não permitirá a existência do local. A Hugo Boss detém os naming rights da área, que é chamada de Hugo Boss Emotion Club em todos os E-Prix.
De acordo com o site SportBusiness, “sem a capacidade de ativar a área de hospitalidade da marca e hospedar convidados em cidades icônicas inicialmente previstas no calendário (como Roma, Paris, Nova York e Londres), o patrocínio oferece menos valor para a marca”.
Estima-se que a Hugo Boss pague, atualmente, algo entre € 2,5 milhões e € 3 milhões por ano pelo patrocínio, focado na inovação e na sustentabilidade, duas das principais características da Fórmula E. Tanto a marca como a categoria ainda não comentaram nada sobre o assunto oficialmente. Além disso, também não ficou claro se alguma outra empresa patrocinadora fez algum tipo de pedido parecido.