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Sócio do Bolão compara situação do restaurante com a do Cruzeiro: ‘Difícil’





Fonte da matéria OTEMPO SUPERFC

Por motivos distintos, clube e tradicional estabelecimento de BH vivem graves crises financeiras

O Bolão, restaurante com 58 anos de tradicão que fica no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, vive a ameaça de encerrar suas atividades por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), afinal, são quase cinco meses operando apenas pelo sistema de entregas (delivery).

Com cerca de 80% de redução  de faturamento, um dos sócios da empresa familiar, Carlos Henrique Rocha, cruzeirense fanático, como o próprio diz, compara a situação do restaurante ao do clube de coração, que vive grave crise financeira que pode lhe custar até o rebaixamento para a Série C do Brasileirão.

“Até comentei com o meu primo na semana passada que a nossa situação é igual a do Cruzeiro, difícil. Sou cruzeirense fanático e sofro pelos dois lados”, tentou levar no bom humor, apesar de confessar que está desnorteado com a possibilidade de fechamento do negócio da família. “Estou até meio perdido, estamos trabalhando para que isso (fechamento) não aconteceça, mas não aguentamos ficar com as portas fechadas por cinco meses”, continuou.

Carlos Henrique espera que o prefeito da capital Alexandre Kalil (PSD) afrouxe as medidas de distanciamento social em pronunciamento que pode ocorrer ainda nesta terça (4), mas mesmo assim reconhece que o empreendimento precisará se reinventar para sobreviver.

“Vamos ter que nos reiventar, promoções, sacudida no cardápio, alguma coisa porque já sabemos que o movimento noturno, responsável por grande parte do faturamento, é difícil de recuperar. Nos finais de semana, era 24 horas de funcionamento, praticamente, tinha fila na porta. Hoje com essa pandemia, do jeito que está, fica triste e dá vontade de chorar mesmo”, afirmou.

Esperança

Apesar das dificuldades pelas quais o setor atravessa, Carlos Henrique comenta que até aqui perderam só três funcionários dos cerca de 45 do empreendimento, e explica que as ações do governo federal, como suspensão de contratos e diminuição de jornada de trabalho, foram saídas encontradas.

“As medidas ajudaram um pouco, cortamos jornada, alguns fucnionários trabalham meio período e vamos nos revezando. Com os fornecedores compramos o mínimo, economizando mesmo, e vamos trabalhando com o que temos”, continuou.

Com um aplicativo para pedidos desenvolvido durante este período e com novas ideias para serem colocadas em prática, o empresário espera boas notícias oriundas da prefeitura para impedir o fim do empreendimento criado pelo tio Bolão e os avós José dos Passos Rocha e Maria José.

“Vamos sentar e nos reunir essa semana, ver o que o Kalil vai soltar e ver o que vamos fazer. Temos que nos adequar, temos um aplicativo próprio e vamos ver o que podemos tentar trazer de melhor para o cliente, como um cardápio mais econômico, além dos pratos tradicionaois”, completou.

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