A pandemia do coronavírus impediu treinos presenciais como equipes e atletas estavam acostumados. Por um outro lado, o maior tempo disponível trouxe atividades que antes não aconteciam com muita frequência.
Uma delas é o estudo detalhado de vídeos, onde os atletas podem prestar atenção em movimentos e ações de companheiros de profissão para entender a melhor forma de executar as jogadas dentro de quadra. 

Foi com este objetivo que o Sada Cruzeiro reuniu os atletas da sua base para acompanharem vídeos de jogos que contaram com a presença de jogadores renomados como Leal, Juantorena, Conte, Sokolov e Alan. Live com a presença dos dois técnicos da base celeste (Humberto Martelete e Tiago Silva) reuniu cerca de 35 jogadores entre 14 e 20 anos, que ficaram atentos a tudo que era passado. A ideia seguirá acontecendo nos próximos dias. 

“Os meninos foram divididos por posições para trabalharmos temas específicos com cada grupo. Começamos com os ponteiros e opostos que estudaram ataque na nossa primeira aula e foi muito positivo. Nós mostramos a eles diversos vídeos de atacantes das suas posições que são referências mundiais. Estudamos as suas ações em situações de jogo, conversamos sobre as suas escolhas e os tipos de ataque”, indica Beto. 

“Os próximos serão os centrais, na sequência líberos e levantadores, sempre em dois encontros semanais. Temos muito conteúdo pra passar para eles, vamos tratar de sistema tático, sistema de defesa, recepção, bloqueio, e muitos mais. Também reuniremos todos para análises de sistema de jogo, exibindo uma partida completa do Sada Cruzeiro, como uma final de Superliga, de Mundial. Mostraremos o que fizemos, como o jogo aconteceu, analisando ponto a ponto. A ideia é colocar a mente deles para trabalhar também neste período”, mostra.

Quem participou, aprovou a iniciativa com a certeza de que muitos ensinamentos saíram dali e poderão ser usados quando os treinos forem retomados. “Foi uma ótima oportunidade de fazer algo novo, que é visualizar a técnica e o movimento dos melhores ponteiros e opostos do mundo. No treino, sempre tentamos ouvir os conselhos do treinador e colocar em prática. Já na aula a gente conseguiu visualizar como deveríamos fazer e percebemos como os grandes atletas têm um padrão de movimento. Também vimos como eles tomam as decisões na hora de dificuldade. Depois disso, ainda pudemos tirar as dúvidas, expondo as nossas dificuldades e os treinadores nos falaram como os grandes atletas fazem nessas situações. Eu achei muito bacana e proveitoso e estou ansioso para ver os próximos fundamentos”, afirma o ponta Matias, de 19 anos.